quinta-feira, 8 de junho de 2017

Evento: Roda de prosa com Volnei Canônica

Pensar um país digno, em que os direitos não sejam palavras vãs.
As políticas públicas de leitura são essenciais a esta realização.
Venha colocar a prosa em roda com Volnei Canônica.

Roda de Prosa com Volnei Canonica
Quindim: um doce de mapa para o Brasil

Dia 14/06 às 18h na Sala 318 D da UFF - Universidade Federal Fluminense (Campus Gragoatá) – UFF - Instituto de Letras
Atividade aberta ao público e gratuita.

Coordenação:
Profa. Dra. Nilma Lacerda e Profa. Ms. Maíra Lacerda

terça-feira, 6 de junho de 2017

Qual é a sua cor?

A cor de Coraline

Alexandre Rampazo
Rocco Pequenos Leitores



O livro mal foi lançado e eu já estava louca para ler! Agradeço a distribuidora Capital das Letras,que gentilmente me enviou um exemplar.
A história começa assim:
"Coraline,me empresta o lápis cor da pele?"
Coraline olha para sua caixa de lápis de cor e percebem que tem apenas 12 cores. Qual seria  o lápis cor de pele? E ela pensa: "Lápis cor de pele? De qual pele será que o Pedrinho está falando?"
A menina começa a oferecer as cores de sua caixa para o amigo.
O lápis verde,se for para a pele de um marciano,o lápis azul e o lápis rosa,juntos,caso fosse para alguém que nascesse onde Judas perdeu as Botas,lápis amarelo,se fosse para peixinhos dourados,
Talvez o lápis vermelho,caso as pessoas ficassem vermelhas de vergonha. Se as pessoas fossem fofas e vivessem suspirando,serviria o lápis lilás.Se as pessoas de Netuno fossem azuis,o lápis dessa cor serviria. E assim vão passeando pelas doze cores da caixa do lápis de cor,para decidir qual é a cor que o Pedrinho precisa para concluir o seu desenho.


O livro aborda uma importante discussão: por que apenas um determinado lápis de cor pode ser considerado a cor da pele,já que as pessoas tem tons de pele diferentes?

Imagem retirada da internet


É fundamental falar  sobre racismo e diversidade com as crianças. Temos que ajudá-los a conviver com o outro em igualdade e acabar com o preconceito enraizado na sociedade.
Durante o trabalho com o livro,sempre pergunto para as crianças: Qual é a sua cor? E já várias vezes levei um susto,ao presenciar crianças com dificuldade para afirmar a cor de sua pele,algumas crianças com a pele branca ficam em dúvida se falam que são brancas ou morenas e algumas crianças de pele negra  sentem dificuldade para declarar a cor,falam que não sabem. Claro,tem as crianças que respondem na hora,com muita convicção: Sou branca! Sou negra! E tem aquelas que se declaram verde ou azul. Outro dia na roda falei que sou preta e algumas crianças me repreenderam,dizendo que tenho que falar que sou negra. E assim as conversas vão fluindo naturalmente,sem tabus,sem máscaras e vamos descobrindo que as pessoas tem muitas cores!
Beijos coloridos!
Silvia