terça-feira, 30 de dezembro de 2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Por que as conchas tem o som do mar?

Da Guerra dos Mares e das Areias:fábula sobre as marés

Pedro Veloso
Ilustrações de Murilo Silva
Editora Quatro cantos


Livro encantador! O autor narra de forma poética a "guerra" do mar com a areia. Os altos e baixos das marés.
"Os mares viviam em guerra com as areias"
Uma guerra pacífica e leal,onde cada um,determinados pela lua,tem seu tempo para avançar.
As imagens casam perfeitamente com o texto. Temos verdadeiramente a sensação de escutar o barulho do mar e sentir o silêncio da areia e perceber a beleza e as diferenças de cada um.
Uma bela fábula onde podemos trabalhar as diferenças individuais e o respeito ao próximo.
O mar e a areia são diferentes,mas não competem entre si e conquistam seus espaços com lealdade.
Livro merecidamente vencedor do 2º lugar do Prêmio Jabuti 2014 na categoria Infantil


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Parece impossível,mas não é.

A girafa é minha

Fabrício Carpinejar
Ilustrações de Miguel Tanco
Editora SM

Sabe quando você olha para um livro e gosta logo de cara,antes de ter lido!? Foi o que aconteceu quando dei de cara com esse. Motivo: adoro girafas! Na minha opinião é o animal mais lindo!!!
Então gostei logo do título e da ilustração!
A história é uma delícia! Pai e filha vão todos os sábados ao zoológico,não importa a previsão do tempo,vão de qualquer jeito.Vão especialmente para ver a girafa!!! Que se chama Theo, com th,porque segundo eles,o h é a girafa do alfabeto.
Sabem a vida de Theo toda: o que come,quantas horas dorme,quantos quilômetros corre...
Até que um dia em uma dessas visitas Paula tem uma ideia e faz um pedido para o pai: quer a girafa para ela!!! Como levar uma girafa para casa? Os dois começam a conversar sobre as adaptações necessárias para receber uma girafa em um apartamento. Depois de tantos argumentos,conseguem chegar a um acordo. E todos ficam felizes para sempre: Paula,seu pai,e a girafa. Talvez não do modo que a menina imaginava,mas de um jeito que não prejudicasse nenhum dos três.
Amei o livro! 
Acredito que a vida funcione assim: a solução muitas vezes vem de um modo inesperado,mas o resultado pode ser melhor do que imaginamos.
Encontrei o Book trailer!!! 
Bjs. Boa tarde e divertidas leituras.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Como enfrentar nossos medos?

A mulher gigante da casa 88


Geert De Kockere
Ilustrações de Kaatje Vermiere
Pulo do Gato

O menino tinha medo da mulher,porque IMAGINAVA que ela era uma gigante que comia criancinhas.
Não a conhecia, não sabia seu nome... apenas a via passar na rua e imaginava...
A imaginação fez com que ele sentisse medo da mulher. O medo fez com que ele tivesse a curiosidade de se aproximar para saber se ela era realmente o que ele imaginava.
A imaginação,o medo e a curiosidade atraíram duas pessoas solitárias: o menino e a mulher. O tempo foi mostrando a verdade e os dois descobriram que poderiam ser amigos e fazer companhia um ao outro.
O autor narra cuidadosamente cada passo dos personagens,o que nos dá vontade de avançar cada vez mais na história para saber o que vai acontecer. As ilustrações são belíssimas e acompanham muito bem o desenrolar da história. A ilustradora deu um toque sombrio às imagens e à medida em que os mistérios vão sendo desvendados, ela deu um toque sutil de cor,como se a mente do menino fosse entrando naquela realidade muito mais bonita do que a sua imaginação.
Livro emocionante! Para nos fazer pensar. Muitas vezes criamos monstros que nos impedem de ser feliz!




sexta-feira, 4 de abril de 2014

Aprendendo com a sabedoria indígena

Catando piolhos contando histórias

Daniel Munduruku
Ilustrações: Maté
Brinque-Book

Sala de aula cheia. Vinte e três crianças barulhentas. Mais ou menos dez minutos para que todos fiquem quietos. Eles sabiam que eu iria ler uma história. Mas qual? Faço suspense,digo que é surpresa.
Começo a falar que no dia 19 de abril comemora-se o dia do Índio e que por este motivo escolhi contar histórias da cultura indígena. A algazarra continua,começo a ler assim mesmo. Leio a primeira página, quando o autor começa a narrar sua infância e que sentavam-se ao redor do fogo para se alimentar e contar para os adultos o que haviam feito durante o dia. Percebi que uma frase chamou a atenção das crianças:
"Embora não parecesse,todos nos ouviam com atenção e respeito." (pág.8)
As crianças começam a se aproximar e a sentar ao meu redor. Momento aconchegante,prazeroso. Como se estivéssemos misturados às crianças e adultos da tribo,ouvindo suas histórias.

 Ficaram interessadas em conhecer uma realidade tão distante. Gostaram de saber que na tribo Munduruku, o ato de catar piolhos é uma forma de carinho, de intimidade, de compartilhar. As pessoas mais velhas da tribo são os catadores: pai, mãe, tios, cacique e pajé. As crianças escutam suas histórias e os respeitam. Sabem da sabedoria dos mais velhos. O livro conta a lenda da origem dos alimentos,fala da onça,a mãe da floresta e dos ensinamentos da sabedoria indígena.
Então ficamos ali sentados no chão, lendo as histórias, como se estivéssemos catando piolhos...

Pesquisando na internet,encontrei um depoimento muito interessante do Daniel Munduruku,onde ele fala sobre a educação indígena,onde ele fala que a criança tem que ser criança. Precisa de espaço,precisa brincar.
"Um adulto que não viveu a sua infância vai ser sempre criança,porque vai sempre buscar uma infância que não viveu." (Daniel Munduruku)

Que possamos nos espelhar na sabedoria indígena e permitir que nossas crianças vivam plenamente a infância.
Bjs


terça-feira, 25 de março de 2014

É preciso acreditar.

Se você quiser ver uma baleia

Julie Fogliano
Ilustrações de Erin E. Stead
Pequena Zahar


     Horário de entrada dos alunos. Naquele vai e vem de crianças observo um aluno andando apressado com um livro em uma das mãos. Olho fixamente para o livro. O menino tem pressa. Não resisto e pergunto: Posso ver? Ele gentilmente me oferece o livro e diz que posso ficar com ele até o final do dia. Penso em voz alta: OBA!!!! Espero até a hora do almoço para abrir o livro,do qual já havia lido algum comentário e já havia visto na lista de indicações em algum site.
Li, reli,li as ilustrações. Tipo de livro que gosto. Livro para pensar! Para criança, mas que adulto também aprende... e muito!

    Não podemos perder tempo em caminhos errados. Devemos ter foco. Tempo, percepção, imaginação e paciência também são fundamentais,quando se quer atingir a um objetivo.
O final do livro me intrigou. Qual foi o sentimento do menino ao ver apenas um pedacinho da baleia? Se decepcionou ou ficou satisfeito?
    Me fez pensar de como vemos a vida.
  Para chegarmos a um determinado lugar precisamos passar por muitas situações,mas não podemos desanimar e acima de tudo acreditar em nossos sonhos.

"Se você quiser ver uma baleia mantenha os dois olhos no mar."

Assista ao Booktrailer
Bjs