Foi ele que escreveu a ventania
Rosana Rios
Il. Mauricio Negro
Pulo do Gato
Livro sensível,que toca no fundo da alma! É uma linda homenagem ao poeta Manoel de Barros,que faleceu no dia 13 de novembro de 2014.
História do menino Tui. Vida simples, subia e descia ladeiras debaixo de sol e chuva para ir à escola,mas ao invés de reclamar,Tui procurava as belezas do caminho. Uma dessas belezas era o muro meio despencado da ladeira,onde alguém havia pichado um poema. E os poemas encantavam Tui! Principalmente os poemas daquele livro que ficava na caixa na sala de aula,naquele livro que só ele procurava.Não corria pelo pátio e nem jogava futebol na hora do recreio. Ele brincava de ler poesia. E essas poesias eram de um livro do Manoel de Barros.
Uma noite,enquanto assistia a tevê,o menino descobriu que o poeta que havia falecido era o mesmo do livro que ele tanto gostava.
Tui sonhou com o poeta e percebeu que ele usava as palavras para compor o amanhecer.
O livro mostra também toda a emoção de um menino ao ganhar o seu primeiro livro de presente. Oferecido pela professora,que percebeu a sua sensibilidade.
Abraçado à esperança.
Abraçado às possibilidades.
Tui percebeu que também era capaz de escrever um poema e assim o fez.
Embalado pelo vento,Tui escreveu um poema e percebeu que também podia brincar com as palavras.
Uma noite,enquanto assistia a tevê,o menino descobriu que o poeta que havia falecido era o mesmo do livro que ele tanto gostava.
"Então os poetas também morrem?" (pág. 19)Morrem sim,mas a obra fica eterna.
Tui sonhou com o poeta e percebeu que ele usava as palavras para compor o amanhecer.
O livro mostra também toda a emoção de um menino ao ganhar o seu primeiro livro de presente. Oferecido pela professora,que percebeu a sua sensibilidade.
"O menino foi para casa abraçado aos poemas." (pág.33)Abraçado aos sonhos.
Abraçado à esperança.
Abraçado às possibilidades.
Tui percebeu que também era capaz de escrever um poema e assim o fez.
Embalado pelo vento,Tui escreveu um poema e percebeu que também podia brincar com as palavras.
Manoel de Barros foi um eterno menino!
Conquistou o menino Tui e a todos nós,com a beleza de sua simplicidade e suas palavras repletas de "insignificâncias".
Que possamos,assim como ele,enxergar poesia nas pequenas coisas e valorizar a vida.
Bjs
Silvia
“A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.”
Tratado geral das grandezas do ínfimo, Manoel de Barros
Sílvia,
ResponderExcluirGrata pela indicação. Foi ele que escreveu a ventania
já está na minha listinha de compras.
Beijo
Cristina